DIFERENTES TIPOS DE PLÁSTICOS PARA EMBALAGENS

Você já reparou que, nos supermercados, as embalagens de plástico são diferentes? Algumas são mais rígidas, outras mais flexíveis, sendo altamente transparentes ou com uma aparência mais ofuscada. Isso se deve à propriedade dos polímeros — que formam o plástico — de possuírem diferentes conformações estruturais. Quer conhecer mais sobre cada plástico utilizado nas embalagens? Olhe o material que preparamos para você e descubra seus prós e contras! Cada tipo de plástico possui suas vantagens, como aumentar o shelf-life (tempo de prateleira, validade) do produto envolvido. Porém, esse fator é geralmente contrabalanceado com um maior investimento. A rigidez escolhida pode se dar muito pelo fator transporte ou praticidade.   As características do material, como a resistência, são muito importantes dependendo do seu produto. O plástico usado para embalar um suco, por exemplo, é muito diferente do usado para biscoitos. Dentre várias características, uma importantíssima é a permeabilidade ao oxigênio e ao vapor de água, já que com o último, seu produto pode adquirir muita umidade ou perder , amolecendo-o ou deixando-o mais propenso à proliferação de microrganismos (mais úmido). Um bom exemplo para primeiro caso são os pacotes de bolachas, os quais são impermeáveis à troca de vapor d’água. Isso evita que dentro do pacote fique com muita umidade, amolecendo as bolachas e deixando com uma textura desagradável. Diferentemente da bolacha, o pão libera muito vapor d’água, portanto precisa evitar que umidifique o ar do interior da embalagem, caso contrário, a alta umidade aumenta as chances de proliferação de microrganismos. A alta troca do oxigênio entre o interior da embalagem com o exterior, por sua vez, pode acarretar no fenômeno de rancificação, que é a degradação da gordura contida no alimento, deteriorando as propriedades organolépticas (sabor, odor, textura) do mesmo, entre outros fenômenos. Abaixo são apresentados alguns dos tipos de plásticos mais comuns no mercado alimentício: Polietileno (PE): translúcido, flexível, inerte, boa elasticidade, impermeável a água, boa resistência, fácil termossoldagem (selamento da embalagem), muito presente no mercado e geralmente possui  um custo mais barato. Também pode ser usado em conjunto com uma camada de alumínio para aumentar a barreira a gases e vapores. As divisões do Polietileno são: Polietileno de baixa densidade (PEBD): inerte, flexível, porém pouco resistente a interferências mecânicas e ao calor. Exemplos de uso: Sacolas plásticas de mercado, Stretch films e garrafas térmicas. Polietileno de alta densidade (PEAD): apesar de mais caro, ele é mais vantajoso que o PEBD, pois é mais impermeável ao vapor de água e ao oxigênio e, dependendo do uso, ele se apresenta como uma melhor opção por sua maior rigidez. Exemplos de uso: garrafas, sacos plásticos e em embalagens laminadas. Polipropileno (PP): impermeabilidade baixa ao oxigênio e dióxido de carbono  e alta ao vapor de água; alta resistência ao calor. Exemplos de uso: garrafas mais rígidas, filmes plásticos, embalagens para manteiga e tampas de garrafa. Polipropileno biorientado (BOPP): derivado do PP, o processo que faz o BOPP o torna mais fino, transparente e brilhoso que o PP e ainda facilita a impressão de imagens sobre a embalagem. Porém, devido às altas temperaturas da termossoldagem, o plástico perde a biorientação, tornando o BOPP coextrusado uma boa alternativa. No geral, o BOPP é mais impermeável ao vapor de água e gases que o PP e é um material não tóxico. Exemplos de uso: bobinas de sacos plásticos, adesivos plásticos e filmes plásticos. PET (Politereftalato de etileno): é um plástico transparente, resistente a tensões mecânicas e químicas, porém é pouco resistente a altas temperaturas, tornando impossível a termossoldagem. Exemplos de uso: garrafas em geral. Essas são algumas das muitas opções de embalagens que você pode escolher para seu produto. A CONAQ realiza um serviço de estudo da embalagem ideal para cada produto alimentício. Está precisando de uma ajuda técnica e profissional? Saiba quais são as vantagens de se contratar uma empresa Júnior. Será um prazer colaborar com seu negócio! Artigo produzido por Gustavo Gonçalves.    

O QUE SÃO OS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO?

Você já se perguntou o porquê de seus produtos não serem iguais uns aos outros? Por que um lote durou tanto e o outro durou tão pouco? Por que uma fornada saiu mais gostosa que a outra? Diversos são os fatores que podem alterar o resultado final de um produto: quantidade, qualidade e principalmente o processo de fabricação podem causar resultados completamente diferentes. Uma solução para essas alterações é padronizar a produção através de um Procedimento Operacional Padrão (POP) para evitar a divergência nos processos. O POP é um documento responsável por padronizar toda tarefa repetitiva existente na sua empresa. Assim, por nome, o POP parece algo bastante complexo, mas não é, veja: O que é um POP? Como já foi dito, o POP explica passo a passo todas as tarefas repetitivas de uma empresa. Ele faz parte do Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF), um documento mais abrangente que segue critérios estabelecidos pela Anvisa para garantir que o produto atinja os padrões de qualidade e segurança estabelecidos por lei. Existem desde procedimentos padrões para lavar as mãos até procedimentos para elaborar o produto em si. Apesar de levar no nome o “padrão”, o documento não é padronizado para qualquer empresa. Cada lugar possui sua própria rotina, hábitos e necessidades, portanto o “padrão” só existe para se adequar ao seu produto, nunca deve ser copiado de outro. Qual a utilidade de um POP? Ao padronizar um processo, diversas vantagens são adquiridas; a principal delas é a uniformidade no produto, pois dessa forma não importa quem, quando ou onde irá fazer, essa pessoa seguirá os mesmos passos das outras para produzir o mesmo produto e assim você poderá vendê-lo sem decepcionar seu cliente com mudanças inesperadas. Além disso, outras vantagens proporcionadas por um procedimento padrão podem ser vistas a seguir: – Aumento da validade; – Aumento da qualidade; – Redução de desperdícios; – Diminuição de acidentes; – Facilidade no treinamento de novos funcionários. Como fazer um POP? Apesar de um documento oficial da empresa, o POP deve ser bastante acessível a todos os funcionários, devendo estar de acordo com o nível de compreensão dos mesmos para evitar erros de comunicação. Além disso, o documento pode ser bastante visual, utilizando-se de imagens coloridas, fluxogramas e checklists para torná-lo mais claro e didático para utilização. No arquivo devem constar: – Nome do procedimento; – Local e validade; – Objetivo; – Referências; – Procedimentos Específicos; – Responsável técnico pela fiscalização da aplicação. Lembra-se dos seus produtos irregulares? Um simples POP pode resolver! Padroniza a produção, facilita a instrução de funcionários e permite a sua expansão como empresa. Quer saber mais sobre BPF? Continue lendo: “Saiba os benefícios das boas práticas de fabricação”. Sente-se preparado para um passo mais além? Entre em contato conosco! A CONAQ oferece serviços de elaboração de BPF, incluindo os POPs, e pode te ajudar a alavancar seu negócio! Artigo produzido por Mariana Dal Farra.