ENTENDA TUDO SOBRE OS DIFERENTES TIPOS DE AÇÚCAR

Em meio a tantas opções e variedades, o que devo saber sobre cada tipo de açúcar para escolher o mais adequado ao meu produto a ao meu público? O açúcar é um carboidrato simples, ou seja, facilmente digerido pelo organismo. Por ser um carboidrato de rápida absorção, libera energia para o organismo e eleva os níveis de glicose (e consequentemente de insulina) na corrente sanguínea rapidamente. Ainda hoje em dia o tipo de açúcar mais utilizado e consumido no Brasil é o açúcar refinado, principalmente por ser o mais acessível e o mais comum de ser encontrado.  Esse tipo de açúcar conhecido por ter grãos finos e bem brancos, e isso ocorre pois no momento da fabricação são adicionados produtos químicos (geralmente o enxofre), acarretando uma perda de vitaminas e sais minerais tornando-o pouco nutritivo e saudável. De maneira geral o açúcar refinado prejudica o organismo agravando problemas de saúde (diabetes, hipertensão, cáries, gordura corporal), e por esse motivo ele tem sido visto como um grande vilão da alimentação. Contudo, existem outros tipos de açúcares que podem substituir o açúcar refinado. A diferença entre os tipos de açúcar a seguir está basicamente em seus processos de refinação. Legenda: Cada tipo de açúcar tem suas características e benefícios . Açúcar orgânico: o grande diferencial deste tipo de açúcar é que em nenhuma etapa do ciclo de fabricação são utilizados aditivos ou agrotóxicos, sendo considerado a opção mais saudável e natural. Tem grãos mais grossos e mais escuros (preservando nutrientes), porém é mais caro que o refinado. Açúcar mascavo: este açúcar não passa pelo processo de branqueamento e adição de conservantes, com isso conserva todos os  sais minerais e vitaminas. Também por conta disso é um açúcar de aparência escura e de sabor forte (é extraído do cozimento do caldo da cana). É muito recomendado por nutricionistas por possuir mais nutrientes e ter um preço acessível. Açúcar demerara: é bem parecido com o mascavo quando comparado processo de produção, porém o demerara é levemente refinado. Os nutrientes são mantidos pois não tem aditivos químicos e os grãos têm aparência marrom-claro. Possui um sabor intenso sem alterar o sabor dos alimentos (diferentemente do mascavo), mas custa caro. Açúcar de coco: produzido a partir do fluido das flores da palma do coco, não passa por nenhum processo de refinamento nem adição de conservantes químicos. Por isso, tem alto valor nutricional e um baixo índice glicêmico (não ocasiona altos picos de insulina, prejudiciais à saúde). É um açúcar que pode até ser consumido por diabéticos, porém possui um preço alto em relação ao refinado por exemplo. Açúcar cristal: possui as mesmas propriedades do açúcar refinado, a diferença está nos seus grãos que são bem maiores e mais transparentes. Stévia: é um adoçante natural que tem origem de uma planta nativa da América do Sul, Stevia Rebaudiana. Auxilia a controlar os índices glicêmicos e seu sabor é mais doce que o açúcar refinado. Pode ser utilizado “in natura” ou em adoçantes industrializados. Xilitol: é um adoçante natural extraído de fibras de vegetais. Sua aparência e sabor são semelhantes ao açúcar refinado, porém é 40% menos calórico e possui um baixo índice glicêmico (o índice do açúcar refinado é em torno de 65 enquanto do xilitol é 7). Não é tão comum de ser encontrado em supermercados, é mais comum em locais de produtos naturais, e acaba tendo um preço mais caro. Outra opção que pode ser utilizada para adoçar receitas é o mel, uma substância obtida a partir do néctar das flores e altamente nutritivo (poder antioxidante e antiinflamatório), além de ter um um índice glicêmico menor que o do açúcar.  Em questão de calorias, é bem semelhante ao açúcar comum, e seu sabor também pode alterar o sabor de certas receitas, mas é um boa alternativa para adoçar. Legenda: O mel é uma das alternativas de substituição do açúcar. (Foto Shutterstock) Portanto, sabendo as características das diferentes opções de açúcar e adoçantes, fica mais fácil para você escolher qual a melhor opção de utilizar na sua receita avaliando valor nutritivo, preço e sabor.  No entanto, é importante não consumir em excesso, sendo interessante também buscar outras alternativas, como o mel. Sua escolha deve ser feita focando no propósito do seu produto e em quem vai consumi-lo, para que esteja sempre alinhado com as tendências do mercado.  Artigo produzido por Larissa Abrahão Boing