Embora pareça tendência recente, os adoçantes substituintes do açúcar começaram a ser utilizados no período da Pré-história. Desde então, novas substâncias e tecnologias tornaram os adoçantes mais seguros, estáveis, menos calóricos e com sabor cada vez mais próximo do açúcar. Esse avanço abriu caminho para um movimento que hoje domina o mercado: a ascensão das bebidas zero açúcar, impulsionadas por consumidores que querem reduzir calorias sem abdicar do sabor.

A popularização das bebidas zero açúcar acompanha uma mudança clara no perfil do consumidor. Nos últimos anos, cresceu o interesse por hábitos mais saudáveis, rotinas de treino, controle de calorias e redução do consumo de açúcar no dia a dia. Esse movimento veio tanto do público “fit”, que busca desempenho e composição corporal, quanto de pessoas que querem manter uma alimentação mais leve sem abrir mão do sabor. Ao mesmo tempo, houve mais acesso à informação sobre nutrição, influência de criadores de conteúdo voltados ao bem-estar e uma maior oferta de produtos com rótulos simples e promessas objetivas. O resultado foi um ambiente onde opções zero açúcar deixaram de ser nicho e se tornaram preferência, especialmente em categorias como energéticos, refrigerantes e bebidas funcionais.
A ideia equivocada de que adoçantes fazem mal ganhou força nos últimos anos, muito por causa de estudos observacionais que levantaram possíveis associações com diferentes problemas de saúde. Um exemplo recente é o estudo da USP, que analisou padrões de consumo e cognição em adultos. Porém, como os próprios autores destacaram, os resultados são inconclusivos: não provam causa e efeito, envolvem múltiplos fatores externos e precisam de pesquisas mais robustas e precisas.
O que realmente importa, quase nunca aparecendo nas manchetes, é como os adoçantes são usados. Cada composto tem uma intensidade de doçura específica, um comportamento sensorial próprio e limites seguros de ingestão. Quando aplicados nas proporções certas, eles entregam sabor, estabilidade e segurança. Quando usados sem conhecimento técnico, podem gerar sabor residual, perda de corpo, ou até ultrapassar o uso recomendado pelas autoridades sanitárias. É por isso que as grandes marcas seguem protocolos rígidos de formulação e testes, garantindo que o produto final seja não só gostoso, mas também seguro.
Por isso, apesar das dúvidas que surgem de tempos em tempos, não há evidência sólida de que os adoçantes utilizados em bebidas zero açúcar causem danos diretos à saúde. Na prática, para quem quer reduzir o consumo de açúcar sem abrir mão do sabor, eles continuam sendo uma ferramenta importante e respaldada pela ciência atual.
O mercado de bebidas zero gira em torno de poucos adoçantes que se destacam pela estabilidade, custo e sabor. Cada um tem forças e limitações, e entender isso é fundamental para escolher o ideal para cada formulação.
A sucralose domina o setor porque entrega um sabor muito próximo ao açúcar, não deixa amargor e funciona perfeitamente em bebidas ácidas, como energéticos e refrigerantes. É estável em processos térmicos e conserva bem o dulçor ao longo da vida útil do produto. Por isso, é a opção preferida quando o objetivo é criar um zero açúcar com qualidade sensorial consistente.
O aspartame já foi bastante usado por ser barato e ter perfil doce agradável, mas hoje enfrenta queda de popularidade (mesmo sendo usado pela Pepsi e Coca-Cola). Sua substituição por adoçantes alternativos mais seguros vem porque é pouco estável, possui gosto residual e foi classificado como possivelmente cancerígeno pela OMS. Mesmo assim, ainda aparece em produtos mais simples ou de baixo custo, desde que a formulação seja controlada.
A estévia ganhou espaço pela pegada natural e por ser vista como uma alternativa “limpa”. É potente e zero calorias, mas pode deixar um amargor perceptível, especialmente em bebidas carbonatadas. Por isso, costuma funcionar melhor em blends com outros adoçantes, que suavizam o sabor e equilibram o perfil sensorial.
O eritritol é raramente usado sozinho, mas é ótimo para complementar outras escolhas, principalmente a estévia. Ele ajuda a reduzir amargor, melhora o corpo da bebida e dá sensação mais próxima do açúcar. Como tem praticamente zero calorias e boa tolerância digestiva, virou um dos principais aliados em formulações modernas.
Trabalhar com adoçantes exige conhecimento técnico: cada escolha muda o dulçor, o custo, a estabilidade e até a aceitação do consumidor. Por isso, contar com alguém especializado faz toda a diferença na hora de acertar a fórmula e evitar erros caros.
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