Também conhecidas como carne artificial e carne in vitro, a carne cultivada não é produzida a partir do abate de animais, mas sim de cultivações realizadas em laboratórios. O processo de produção consiste em recriar tecidos de animais utilizando células-tronco, resultando em carnes idênticas às naturais.

A principal vantagem desse método é a sua maior sustentabilidade, já que ele é muito menos nocivo à vida animal e ao meio ambiente. Além disso, com o público cada vez mais consciente sobre consumo sustentável, as carnes sintéticas podem se tornar uma ótima opção de investimento para os produtores do mercado de alimentos.

Quer entender como as carnes cultivadas são produzidas e a situação atual da indústria? Explicamos tudo logo abaixo!   

Como funciona o processo de produção?

A base da produção da carne cultivada são as células tronco extraídas do animal da carne desejada. Na etapa inicial do processo, o material recebe as condições adequadas para se multiplicar, de forma semelhante ao que ocorre em um corpo biológico. Assim, a cultura é alimentada com todos os fatores de crescimento necessários — oxigênio, aminoácidos, glicose, sais inorgânicos, vitaminas, hormônios etc.

A partir disso, um minucioso cultivo é promovido em amostras de laboratórios com duração de 2 a 8 semanas, relativamente.  Essa forma de cultivo em laboratório é utilizada para replicar carnes de diversos tipos, como brancas, vermelhas, de peixe, camarão, entre outros. 

Vale ressaltar que já existem empresas que estão investindo em pesquisas para desenvolver leite e produtos lácteos utilizando esse mesmo processo de cultivação.

Quando surgiu esse tipo de carne e como está o mercado?

Criado em 2004, há relativamente pouco tempo, esse estilo de produção ainda é pouco explorado na indústria. Porém, quando o setor se adequar, aderir à prática e estabelecer preços viáveis para a comercialização, as carnes cultivadas tendem a se popularizar como uma ótima alternativa às carnes naturais. 

O primeiro protótipo de carne cultivada foi apresentado em 2013. Na ocasião, foi produzido um hambúrguer bovino desenvolvido sob a coordenação do professor Mark Post, da Universidade de Maastricht.

Infelizmente, na maioria dos países do mundo, assim como no Brasil, o consumo de carne ainda segue um modelo relativamente antigo. Atualmente, um dos poucos países que já começou a inserir as carnes cultivadas em seu mercado é Cingapura (cidade-estado asiática). Lá, há um restaurante local que comercializa carne de frango cultivada em biorreatores.

Com objetivo de ampliar as possibilidades do mercado de carnes, a CONAQ com o apoio do corpo docente da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), hoje realiza vários estudos e trabalhos sobre carnes cultivadas. Ficou interessado por esse estilo de produção, quer saber mais sobre este ou qualquer outro assunto relacionado à indústria de alimentos, entre em contato conosco!