ALIMENTOS TRANSGÊNICOS: O QUE SÃO E QUAIS SEUS RISCOS
Todo alimento que teve seu DNA modificado pela inserção de um gene de outra espécie pode ser chamado de transgênico, podendo ainda ser reconhecido como organismo geneticamente modificado (OGM). Tal tecnologia já é permitida, no Brasil, há mais de 2 décadas, e é responsável por quase 100% da nossa produção de soja, milho e algodão – segundo relatório do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia (ISAAA). É fato que essa ferramenta expandiu a economia e a agricultura, mas será que sua implantação não requereria mais análises de risco? Estariam todos os transgênicos corretos perante à legislação? A polêmica e os riscos Tanto para ambientalistas, quanto para a maioria dos consumidores, os efeitos dos transgênicos são preocupantes, a ponto de os configurar como vilões muitas vezes. Esses alimentos já foram chamados de comida de proveta e até receberam o termo pejorativo de Frankenfoods. Isso mesmo, vem de Frankenstein, traduzindo essa insegurança em relação ao que ainda não conhecemos sobre esses alimentos. Ademais, já foram inseridos no contexto de medos contemporâneos como malformação fetal, câncer e mutação. O que, de fato, sabemos é que os transgenes podem estimular desequilíbrios fisiológicos nas plantas, causando efeitos alergênicos, tóxicos e de intolerância em quem consome tais plantas. Além disso, não temos noção do efeito da transgenia no nosso metabolismo, porque não temos como prever se haverá geração de novos compostos, ou ainda, modificação na concentração de algum composto naturalmente presente nos nossos processos bioquímicos. Sobre efeitos em gerações futuras, ou depois de décadas de consumo, não podemos concluir nada em sua totalidade, visto que a tecnologia é relativamente recente para ser estudada nessa perspectiva. No âmbito ecológico, as consequências tomam proporções maiores. Culturas que são resistentes a herbicidas podem acabar polinizando espécies nativas próximas, transferindo o gene da resistência, assim como plantas resistentes a um vírus específico podem estimular novas variantes do mesmo, ou ainda, fazer com que esse vírus seja obrigado a buscar um novo hospedeiro. Nosso país, por possuir uma biodiversidade única, é muito vulnerável à agressividade do cultivo de transgênicos, considerando-se a quantidade de plantas silvestres e nativas. Interesses por trás de tudo Como visto, faltam dados científicos para conclusões a respeito e, mesmo assim, o cultivo comercial já está liberado. Além disso, argumentos muito falhos foram utilizados para justificar a necessidade dos OGM, como, por exemplo, a necessidade de aumentar a produção agrícola para erradicar o problema da fome. Porém, é de senso comum que o problema da fome se concentra na distribuição de alimentos para a população, e não na quantidade. Na verdade, a vantagem é das multinacionais, as quais possuem as patentes das sementes, dominando esse mercado, assim como toda a agricultura familiar, através da inserção de relações capitalistas de dependência. O triângulo amarelo com a letra “T” Nesse cenário de incertezas e discussões, é necessária a existência de mecanismos que possibilitem a segregação dos organismos que são modificados, daqueles que não são. Daí a importância da rotulagem, prevista no Código de Defesa do Consumidor. Com o intuito de informar o consumidor sobre a quantidade, a qualidade e a composição dos alimentos disponíveis para consumo, os rótulos também permitem que o alimento seja rastreado até a sua origem em caso de qualquer problema. Eles não só garantem segurança alimentar e biovigilância, mas também são um diferencial de marketing de um alimento para outro, gerando a concorrência entre os produtores. O Brasil, sendo o segundo maior produtor de transgênicos no mundo, deve à população a informação através do símbolo – um triângulo amarelo com a letra “T” preta – nos alimentos, apesar de inúmeras tentativas da flexibilização de sua obrigatoriedade. O que isso tudo tem a ver com a CONAQ? Nós, como consultores experientes nesse assunto, podemos te ajudar a produzir alimentos com a segurança alimentar que os seus clientes merecem. Se você ficou com alguma dúvida ou deseja saber mais sobre a adequação legislativa dos transgênicos e sobre sua rotulagem específica, clique aqui, e entre em contato com a gente. Se tiver alguma dúvida ou comentário sobre o artigo, nos escreva abaixo na caixa de comentários. Artigo Desenvolvido por Roberta Steil
ALIMENTOS LIOFILIZADOS: PRÁTICOS, SAUDÁVEIS E ETERNOS
O grande desafio da indústria alimentícia do século XXI é a criação de alimentos que ao mesmo tempo sejam saudáveis, práticos, gostosos, duradouros e que não agridam ao meio ambiente. E se já existisse uma tecnologia capaz de produzir alimentos com todas essas características, mas que atualmente sua utilização está limitada a nichos extremamente específicos, existindo muito espaço a se explorar para novos produtos nesse mercado, quanto impacto uma empresa que a empregasse poderia ter? Essa tecnologia “milagrosa” é a liofilização, um processo para desidratar o alimento a frio, em equipamentos especiais. Ao contrário da desidratação normal, na qual o alimento é submetido a altas temperaturas, que degradam vitaminas, proteínas e comprometem o sabor, cor e propriedades nutricionais, na liofilização esse processo ocorre a temperaturas negativas, através de vácuo, mantendo praticamente todas as suas propriedades. Essa tecnologia é mais usada em snacks de frutas e em bebidas solúveis, mas também pode ser utilizada em temperos, sopas, cereais, hortaliças, carnes e até mesmo refeições prontas, que hoje só são encontradas em rações militares, lojas especializadas em montanhismo e comida de astronautas. Além de não perder os nutrientes, os alimentos liofilizados são leves, práticos (só é necessário adicionar água quente por uns 5 minutos e se tem uma refeição completa e balanceada) e possuem um prazo de validade extremamente longo, pois a água é um componente necessário para a multiplicação de microorganismos e age como catalisador para as principais formas abióticas de degradação, podendo ser armazenados por anos sem necessitar de refrigeração, na embalagem adequada. Isso os torna ideais para viagens ou acampamentos, nos quais os consumidores passarão por períodos longos sem acesso a formas de manter o alimento em baixas temperaturas. O único ponto negativo é o seu custo. Por ser um processo complexo, os equipamentos que o realizam possuem um custo elevado, e o seu gasto energético também é maior que os outros tipos de desidratação. Portanto, é necessário uma maior preparação e um maior cuidado no planejamento e na otimização da produção para gerar um preço mais competitivo. Nessas horas, a atuação de uma empresa que possua anos de experiência na indústria alimentícia, como é o caso da CONAQ se torna essencial. Caso tenha interesse em conhecer outros processos pouco conhecidos da indústria alimentícia ou se quiser saber mais sobre a aplicação desse processo, ou se ainda tiver alguma ideia que deseje implementar, entre em contato conosco, ficaremos felizes em ajudar!
DESCUBRA A EMBALAGEM IDEAL PARA SEU ALIMENTO
Sabia que a embalagem pode influenciar na vida útil e na conservação do seu produto? Saiba aqui como identificar a melhor embalagem para seu produto alimentício. Um elemento-chave na consolidação de um produto alimentício é a embalagem. O resultado de uma boa embalagem é determinante para o sucesso do produto, seja em vendas para aceitação do público-alvo ou na qualidade do alimento. Muitos fatores influenciam na escolha da embalagem, portanto, as características e comportamentos do produto devem ser analisados, tais como composição, vida útil e armazenamento. Além disso, o alimento reage com as transmissões de luz e de calor e presença de gases e de umidade. Condições que irão afetar o seu produto e, quando não controladas, podem ser um fator de risco à qualidade do seu alimento dependendo da escolha da embalagem. Vamos conhecer os principais tipos de embalagens e para quais produtos são indicadas? Vidro É o tipo de material que mais cresceu na produção de embalagens no último ano segundo a Associação Brasileira de Embalagem (ABRE). Um alimento em embalagem de vidro pode apresentar vantagens sobre outros tipos de embalagens, como as que serão citadas a seguir. Por ser inerte e impermeável, não troca substâncias com o ambiente e com o alimento que está armazenando. Isto pode ser um fator de aumento da vida útil do produto, pois faz com que uma possível contaminação seja evitada. Há também embalagens de vidro com variação de cor, que protegem os alimentos sensíveis à luz, evitando reações indesejáveis no produto. Alguns inconvenientes desta embalagem é a não flexibilidade e a dificuldade no transporte. Alumínio O alumínio é uma alternativa resistente à passagem de luz, de umidade e de odores, além de ser um material leve e resistente à corrosão. Porém, é muito suscetível ao esmagamento, sendo assim, não flexível. As latas de alumínio são muito utilizadas para embalar alimentos que não contém alto teor de sal e também para produtos ácidos, como refrigerantes. Além disso, o alumínio tem grande vantagem ambiental, pois é um material que pode ser reciclado facilmente. Plástico A embalagem de plástico é altamente utilizada em alimentos. Segundo a ABRE, cerca de 38,85% das embalagens produzidas no último ano no Brasil foram de plástico, representando o tipo de embalagem mais produzida. Os tipos mais usados são: polietileno (bebidas), PET (refrigerantes), PVC (garrafas de água) e polipropileno (panificação e biscoitos). Há muitas vantagens na utilização do plástico como embalagem devido à sua leveza, sua flexibilidade e sua resistência. Porém, são suscetíveis à passagem de luz e de gases por meio de sua porosidade. Embora sejam acessíveis à um custo inferior, as embalagens de plástico geram uma grande preocupação ambiental, pois a maioria das embalagens produzidas não são biodegradáveis ou demoram mais de 100 anos para se decompor. Papel/papelão São embalagens de custo relativamente baixo e, por serem leves e práticas, facilitam o transporte e o manuseio. Contudo, sofrem com a absorção de gordura e de umidade do alimento, podendo também rasgar com mais facilidade. O seu uso para embalar sucos e leites longa vida é através da embalagem cartonada, a qual tem várias camadas que protegem o alimento. Além disso, o uso de papel em embalagens é muito comum em alimentos para consumo rápido ou entregas. Tendências no mercado de embalagens A demanda por embalagens é enorme e a tendência é que cada vez mais atendam às necessidades dos consumidores. O estilo de vida influencia muito em como os consumidores se relacionam com elas e as aceitem, seja ecologicamente, em aparência ou em formato. Embalagens à vácuo já são uma realidade, porém há muito ainda para ser explorado. Estas embalagens permitem a ausência de ar, fazendo com que a composição do alimento seja conservada evitando o ataque de agente aeróbicos, prolongando a vida útil. Outro item levado em conta na hora de escolher a embalagem é a praticidade. Embalagens de fácil abertura, com refechamento e que sejam fáceis para descartar são bem vistas pelos consumidores e tendem a crescer no mercado. Ainda com a pretensão de facilitar a vida do consumidor existem as embalagens que possibilitam o consumo na própria embalagem e seu uso diretamente no micro-ondas. Estes estilos são uma aposta na indústria de embalagens – revelam os desejos dos consumidores e o anseio por produtos alimentícios com cada vez mais qualidade e praticidade. Se interessou pelo assunto? Venha até a CONAQ para saber a embalagem ideal para seu produto! Se tiver alguma dúvida ou comentário sobre o artigo, nos escreva abaixo na caixa de comentários.