CONTAMINAÇÃO: COMO INFLUENCIA NO DESEMPENHO DA PRODUÇÃO?

Microorganismos, substâncias indesejadas, ou até mesmo outra matéria-prima da produção podem ser possíveis causadores de contaminação de um processo.  A contaminação pode ocorrer tanto nas operações iniciais quanto no final de uma cadeia produtiva. Uma das consequências mais importantes decorrentes disso é a diminuição da eficiência de um  processo, o que pode resultar em maiores gastos econômicos e até em uma perda significativa de produtos. Muitas vezes, é possível também que ocorram contaminações que afetam a saúde pública e necessitam urgentemente de uma solução.  Segundo pesquisas realizadas nas últimas décadas, uma das razões para a perda de qualidade de produtos farmacêuticos finalizados é a contaminação microbiana, sendo que as matérias-primas são as principais responsáveis por essa consequência (DENYER, 1988). Dessa forma, podemos classificar as contaminações em três principais categorias: as físicas, químicas e microbiológicas. FÍSICA: em geral ocorre através da entrada de corpos estranhos na produção, tais como sujeiras, poeiras e pelos. Uma possível solução é o isolamento ou recobrimento das operações para evitar contato com o meio externo. QUÍMICA: é decorrente da contaminação por produtos químicos em qualquer que seja a etapa do processo e que afete o produto final. Pode ocorrer no armazenamento, na separação, em reatores, ou nos acabamentos de um processo. Alguns exemplos de contaminantes são produtos esterilizantes utilizados na higienização, resíduos de agrotóxicos, pesticidas ou provenientes da água utilizada no processo. Para prevenir este tipo de contaminação, deve-se armazenar produtos químicos afastados das operações, além de realizar uma boa lavagem dos alimentos que possam conter resquícios de agrotóxicos. O controle da qualidade da água, através de análises físico-químicas e microbiológicas, deve ser mantido constantemente de forma a assegurar o seu uso. BIOLÓGICA: uma das contaminações mais comumente encontradas, a contaminação por microorganismos patógenos em alimentos é resultado muitas vezes de contaminação cruzada e que pode ocasionar intoxicação alimentar. Outros tipos de microorganismos, como os deteriorantes, podem influenciar na qualidade do produto, como na sua textura, sabor e aroma, o que deixa o produto fora dos seus padrões esperados. A prevenção deste tipo de contaminação se dá pela atenção ao processo de produção, considerando as manipulação pelos funcionários, as condições de armazenamento, a higienização dos equipamentos e da qualidade da matéria-prima. Tendo em vista os diferentes tipos de contaminação que podem ocorrer num processo produtivo, sendo em pequena ou em larga escala, um controle das etapas das operações deve ser mantido. Para processos de produtos alimentícios, o Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF) é fortemente indicado para evitar este tipo de situação. Para processos químicos, uma otimização do layout do processo pode ser viável de forma a prevenir possíveis contágios.  Artigo escrito por Juliana Neves

CONHEÇA AS MULTAS APLICADAS PELA ANVISA E EVITE-AS

No governo federal, o órgão responsável por toda a vigilância sanitária em nosso país é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que regulamenta e fiscaliza empresas de fabricação, distribuição e comercialização de alimentos, como: indústrias alimentícias, supermercados, restaurantes e padarias.  A Anvisa atua como orientadora para que os empresários entrem no mercado com produtos e serviços de qualidade e que não ofereçam risco à saúde dos consumidores. Mas também, as autoridades da Anvisa e demais órgão da Vigilância Sanitária trabalham na fiscalização da produção, no transporte e o armazenamento dos alimentos, visando o controle sanitário, de modo que se obtenha produtos seguros e livres de contaminantes. O não cumprimento da legislação sanitária implica em penalidades.  Entre as penalidades estão as multas que variam conforme a gravidade da infração sendo classificadas como leves graves e gravíssimas, sendo a grave a gravíssima impostas quando a algum fator agravante além da própria inflação, os valores destas também variam sendo as leves cobras entre dois mil a setenta e cinco mil reais, as graves entre setenta e cinco mil a duzentos mil reais e as gravíssimas cobradas entre duzentos mil reais a um milhão e meio de reais isso dependendo do critério dos fiscais  Penalidades segundo a LEI No 6.437, DE 20 DE AGOSTO DE 1977:  • Advertência;  • Multa;  • Apreensão de produtos, embalagens e utensílios;  • Interdição de produtos, serviços, embalagens, utensílios e equipamentos;  • Interdição parcial ou total de estabelecimentos, seções, dependências, veículos e equipamentos;  • Descarte de produtos, embalagens e recipientes;  • Suspensão de vendas do produto;  • Suspensão de fabricação do produto;  • Cancelamento do registro de produto;  • Cancelamento do Alvará Sanitário ou Licença de Funcionamento;  • Proibição, ou suspenção de propaganda e imposição de contrapropaganda.  Alvos de fiscalização da Anvisa  A Anvisa dispões de regulamentos técnicos sobre as Boas Práticas de Fabricação (BPFs) para o processamento industrial de cada tipo de alimento. Durante uma inspeção sanitária, os fiscais verificarão a aplicação das BPFs no estabelecimento, que contemplam as condições higiênico-sanitárias  obrigatórias para a produção, manipulação, armazenamento e transporte dos alimentos.  Outro item fiscalizado é o rótulo dos produtos. A Anvisa determina um conjunto de regras que padronizam a rotulagem de cada tipo de alimento, de modo que sejam fornecidas todas as informações relevantes para o consumidor. Além disso, alguns alimentos necessitam de registro de produto perante a Anvisa para que possam ser comercializados legalmente, afim de atestar-se a adequação aos critérios sanitários requeridos.  Outra importante ação da Anvisa é a inspeção de produtos comercializados no mercado alimentício, a fim de verificar qualquer adulteração, falsificação ou fraude em alimentos e bebidas que possam acarretar risco à saúde pública ou mesmo enganar seus consumidores. Visando auxiliar nossos clientes empreendedores do ramo alimentício, na CONAQ atuamos sobre cada um desses itens cobrados pela fiscalização da Anvisa, citados anteriormente. A CONAQ oferece serviços de elaboração do Manual De Boas Práticas De Fabricação, Rotulagem, Estudo de Registro e Estudo Legislativo. Assim, são fornecidas todas as orientações necessárias para que nossos clientes adequem-se às normas legislativas, garantindo a qualidade e a integridade de seus produtos comercializados.